segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pacto de Atlanta (1999)

  Para quem tem interesse, o Pacto de Atlanta foi finalmente traduzido para o nosso idioma e publicado pela Revista Novos Diálogos. Ver Pacto: http://www.novosdialogos.com/artigo.asp?id=213


  
   Esse pacto é a declaração mais abrangente da posição da ALIANÇA BATISTA MUNDIAL (ABM) contra o racismo e o preconceito étnico. Resultou do Encontro Internacional de Batistas Contra o Racismo e Conflitos Étnicos realizado em Atlanta (Geórgia, EUA), em Janeiro de 1999, do qual eu tive o privilegio de participar. Resgato aqui uma foto que relembra o breve contato com a Coretta Scott King, esposa de Martin Luther King Jr., naquele memorável encontro. Esta foto foi achada nos arquivos da ALIANÇA BATISTA MUNDIAL. Foi um dos momentos especiais daquele evento cujas principais reuniões aconteceram na Ebenezer Baptist Church, igreja que foi pastoreada pelo pai do Martin Luther King Jr. e onde ele foi ordenado ao ministério pastoral. Pertinho dali, no Martin Luther King Center, está sua sepultura, onde se pode ler as palavras com que encerrou aquele que seria seu sermão final: "Free at last! Free at last! Thank God Almighty, we are free at last".

   Há outros documentos e declarações da ALIANÇA BATISTA MUNDIAL sobre o tema, inclusive uma de 1992. Mas esse pacto, além de abrangente marcou o início de uma Década de Promoção da Justiça Racial (2000-2010), que oficialmente se encerra com o XX Congresso Batista Mundial em Honolulu, na próxima semana. Um livro marcou o início dessa campanha (Baptists Against Racism: United in Christ for Radical Reconciliation, BWA, 1999) e outro será lançado lá em Honolulu para marcar o final da mesma. Para quem pesquisa sobre o tema, há ainda um volume de 1993, não publicado, chamado Baptist World Alliance Report of Special Commission: Baptists Against Racism. Um dos responsáveis pela organização desse volume foi o presidente Jimmy Carter.

5 comentários:

  1. Parabenizo a Revista Novos Dialogos por esta iniciativa. Muito oportuna!

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  2. Tomei a liberdade de colocar essa foto na revista para ilustrar o Pacto. Abraço, Flávio

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  3. Fique a vontade, Flavio. Eu tambem tenho tomado a liberdade de fazer referencia direta a revista em meus posts.

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  4. Qual o impacto prático desse pacto na vida dos batistas? Ás vezes me desanimo,mesmo já tendo alcançado grandes vitórias, percebo que apesar de tanta luta contra o racismso, ainda há muito a ser feito. Raimundo, vc é um cara super abençoado...que grande privilégio ter tido contato com Coretta Scott King, esposa de Martin Luther King Jr. Com certeza um momento para ficar guardado para sempre na memória.

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  5. Ana Carla, eh dificil medir o impacto pratico disso. Mas certamente, a pouca divulgacao da existencia de documentos como esse demonstra que um maior conhecimento de coisas assim tem ao menos o potencial de trazer essas questoes para nossas pautas eclesiasticas, o que nos forcaria ao menos a lidar com elas de forma mais direta e consciente. Quanto ao encontro com Coretta King, mesmo que numa troca de palavras tao breve, realmente foi algo que entrou para o rol daqueles momentos que a gente guarda na memoria para a eternidade.

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